Nigeria, Boko Haram & Pfizer
I - CASO PFIZER
Documentos filtrados da Public Library Of US Diplomacy, classificados como confidenciais, referentes ao ano 2009, mostram relatórios da Embaixada Americana na Nigéria. O documento datado em 04/2009, relata a reunião entre advogados da Pfizer e o embaixador norte-americano. O teor da conversa se refere a um acordo em que o laboratório multinacional de medicamentos havia costurado com o estado de Kano na Nigéria. Trata-se da liquidação preliminar de ações decorrentes sobre o uso de crianças como "cobaias" (SIC). O fato se deu em 1996, durante uma epidemia de meningite. O medicamento testado foi o Trovan (antibiótico oral). O advogado da Pfizer disse que havia fechado o valor da indenização com o governo, junto à Procuradoria Geral da República (AG), uma oferta de U$ 75 milhões. O valor se distribuiria em U$ 10 milhões para honorários advocatícios; U$ 30 milhões para o estado de Kano; U$ 35 milhões para os participantes e as famílias. Entretanto, ficaram pendentes vários detalhes finais, de como seria a forma dos pagamentos. A multinacional dos medicamentos estava preocupada com a "transparência" do processo e preferia que a reunião para os acertos derradeiros fosse feito em lugar neutro fora da Nigéria.
Trovan foi aprovado na Europa e nos Estados Unidos para adultos em 1997, mas proibido na Europa e restrito nos Estados Unidos, em 1999, depois de relatos de insuficiência hepática e mortes.
Pfizer foi acionada na Nigéria após relatos de que ele havia testado um antibiótico experimental chamado Trovan em 100 crianças durante uma epidemia de meningite 1996.Outras 100 crianças receberam um antibiótico, ceftriaxona aprovado. Famílias mais tarde acusado de não terem sido devidamente informados e que a dose de antibiótico padrão era muito baixo. Algumas crianças morreram e outros sofreram danos cerebrais, paralisia ,surdez ou cegueira durante a experiência, divulgados pela primeira vez pelo jornal The Washington Post.
No segundo cabo datado em 09/2009, o embaixador e Poloff (Poloff são agentes secretos das embaixadas dos EE UU) se reuniram com o ex-chefe de Estado da Nigeria (1966 - 1975) Yakubu Goowon. O fato ocorreu em 31 de julho para discutir o grupo terrorista Boko Haram e a violência gerada, a reforma eleitoral do país e os testes realizados com medicamentos experimentais pela Pfizer. O embaixador na ocasião agradeceu a Gowon por seu papel na resolução do caso entre Pfizer e o estado de Kano (O acordo de U$ 75.000000 foi anunciado no dia anterior). Gowon expressou satisfação com o resultado e comentou que: "Não há sempre um elemento de risco que tem de ser aceito "no teste de novas drogas". Parece estranho que o ex-presidente da Nigéria tenha ficado satisfeito com o acordo, pois a gravidade do teste de medicamento não aprovado, sem o aval dos envolvidos (cobaias), coisa que foi feita a posteriori, retroativo e com o agravante da falta de assistência jurídica para as vitimas, poderia gerar indenizações não em milhões, mas sim em bilhões. Um dos advogados da Pfizer, Petrosinelli, disse que Gowon ajudou a reduzir a demanda que inicialmente era de U$150 milhões. Os dirigentes da multinacional dos medicamentos alegaram varias vezes estarem preocupados com a transparência do processo, pois a Nigéria era um dos países mais corruptos do mundo. A Pfizer contratou investigadores para descobrir ligações de corrupção do procurador-Geral Federal, Michael Aondoakaa. O Procurador, responsável pelo caso, foi ameaçado. Se não renunciasse ao processo, iria ver seu nome na mídia atrelado a informações prejudiciais a ele e seus "comparsas". Contudo, se faz necessário a pergunta:
- Que mágica fez o ex-presidente da Nigeria para reduzir drasticamente a primeira demanda de U$ 150 milhões?
- Não teria a Pfizer usado a mesma "ética" aplicada ao experimento em crianças?
- Que mágica fez o ex-presidente da Nigeria para reduzir drasticamente a primeira demanda de U$ 150 milhões?
- Não teria a Pfizer usado a mesma "ética" aplicada ao experimento em crianças?
"De acordo com [country manager Pfizer Enrico] Liggeri, Pfizer contratou investigadores para descobrir ligações de Corrupção no Procurador-Geral Federal Michael Aondoakaa para expô-lo e colocar pressão sobre ele para ele soltar os casos federais. Ele disse que os investigadores da Pfizer estavam passando essa informação para a mídia local, XXXXXXXXXXXX.
"Uma série de artigos prejudiciais detalhando da Aondoakaa "supostas" corrupção laços foram publicados em fevereiro e março. Liggeri sustentou que a Pfizer tinha muita informação mais prejudicial em Aondoakaa e que comparsas de Aondoakaa estavam pressionando-o a desistir do processo por medo de novos artigos negativo..
"Incluindo o site www.saharareporters.com. Uma série deitens prejudiciais detalhando "suposta" relação de corrupção de Aondoakaaforam publicados em fevereiro e março. Liggeri (CEO Pfizer-Nigeria) sustentou que a Pfizer tinha informações muito mais prejudicial em Aondoakaa e Que comparsas de Aondoakaa estavam pressionando-o a largar o processo, por medo de novos artigos negativos Top.
Voltando ao documento datado em 04/2009, na sua parte final, os funcionários do governo dos EE UU comentam a reunião com Goowon. Discorrem sobre a deterioração da imagem da multinacional Pfizer, porém o laboratório estava otimista, pois acreditava que o mercado em crescimento do país, seria favorável aos seus produtos e uma reconstrução da imagem da multinacional. A Pfizer corroborou a preocupação com as discussões finais com o governo da Nigéria, sobre o montante a ser repassado, pois ele queria ter o controle da verba. A Pfizer desconfia da transparência do processo estatal. Na realidade, a multinacional está preocupada com a Lei de Praticas de Corrupção no Exterior dos EUA, pois como indica o cabo, o caso já era investigado pelo serviço de inteligência americano (Polloff). A gigante dos medicamentos já havia sido enquadrada na lei, anteriormente, o que comprova que seu comportamento na Nigeria infringiu tanto a ética como a lei, conforme abaixo:
US drogas gigante Pfizer (NYSE: PFE), disse ontem que ele concordou em pagar um total de US $ 60 milhões para resolver Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) e Securities and Exchange Commission (SEC) questões relacionadas com certos pagamentos indevidos - suborno de médicos e funcionários do governo - nas operações de duas de suas subsidiárias fora dos EUA, que voluntariamente Pfizer informou que o governo dos EUA a partir de 2004.
II - BOKO HARAM
No cabo datado em agosto/2009, Pollof, Yakubu Goowon e o embaixador comentam sobre o grupo terrorista Boko Haram. O ex-presidente da Nigeria lamentou a recente onda de violência causada pelo Boko Haram. Goowon comparou o fato com o acontecido em 1980, ou seja, a Revolta Maitasine ( Em dezembro de 1980, um desafeto, o grupo anti-establishment liderado pelo pregador muçulmano radical Mohammed Marwa Maitatsine, que provocou tumultos religiosos e confrontos com a polícia e militares, teve como consequência a morte de mais de 1000 nigerianos (Analistas sobre grupos terroristas acreditam que o Boko Haram nasceu desta revolta). Também é comentado que Goowon não tinha conhecimento que no dia anterior à reunião, o lider do Boko Haram, Mohammed Yusuf, havia sido executado pela polícia. Goowon concordou com o embaixador, quando este se mostrou contrário a execução extra-judicial, que este método não combina com países democráticos e que era necessário respeitar o Estado de Direito. Por último, discorreram sobre reforma eleitoral. Goowon se mostrava otimista quanto ao futuro, apesar de na Nigéria as eleições serem viciadas, fraudadas (O país tornou-se independente em 1960, mas mergulhou em uma guerra civil, vários anos depois. Desde então, alternaram-se no comando da nação governos civis democraticamente eleitos e ditaduras militares, sendo que apenas as eleições presidenciais de 2011 foram consideradas as primeiras a serem realizadas de maneira razoavelmente livre e justa).
III - FINAL
A Nigéria por possuir grandes reservas de petróleo e de recursos minerais, sempre foi alvo das potencias mundiais. Seu sistema político é inspirado no modelo americano, mas tanto o Boko Haram e o caso Pfizer são frutos da ocupação europeia, do colonialismo europeu e mais recentemente dos EE UU, que tentaram ocidentalizar o país em todos os aspectos, o que gera distorções religiosas, culturais e disputas sangrentas pelo poder. A Nigeria é um país em que maioria da população está na condição de pobreza absoluta, apesar das imensas riquezas minerais. A falta de perspectiva para o povo em geral é o motor de toda a violência, do terrorismo do Boko Haram, enquanto a elite econômica usufrui da arrecadação bilionária da venda de Petróleo.
Nigéria
Nigéria, oficialmente República Federal da Nigéria, é uma república constitucional federal que compreende 36 estados e o Território da Capital Federal, Abuja. Wikipédia
Nigéria, oficialmente República Federal da Nigéria, é uma república constitucional federal que compreende 36 estados e o Território da Capital Federal, Abuja. Wikipédia
- Moeda: Naira
- Língua oficial: Língua inglesa
Tipo Privada
Cotação (NYSE: PFE)
Indústria Empresa farmacêutica
Fundação 1849
Sede Nova Iorque, Nova Iorque, Estados Unidos
Empregados 78.000 (2013)
Valor de Mercado >US$ 203,9 bilhões (2014)1
Receita US$ 51,584 bilhões (2013)
NIGERIA: PFIZER REACHES PRELIMINARY AGREEMENT FOR A $75 MILLION SETTLEMENT | |
2009 April 20, 16:00 (Monday) | 09ABUJA671_a |
CONFIDENTIAL | CONFIDENTIAL |
-- Not Assigned -- | 7773 |
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-- Not Assigned -- | TE |
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1. (C) Summary. In an April 2 meeting with the Ambassador,
Pfizer lawyers Joe Petrosinelli and Atiba Adams reported that
Pfizer and the Kano State government had reached a
preliminary settlement on lawsuits arising from medical tests
conducted with Trovan (oral antibiotic) on children living in
Kano during a meningitis epidemic in 1996. Petrosinelli said
Pfizer has agreed to the Kano State Attorney General's (AG)
settlement offer of $75 million, including a $10 million
payment for legal fees, $30 million to the Kano State
government, and $35 million for the participants and
families. According to Adams, several final details need to
be worked out on the mechanism for payment. Pfizer strongly
recommends setting up a $35 million trust fund for the
participants to be administered by a neutral third party and
for the $30 million for the Kano State government to be used
for improving health care in the state. Pfizer underscored
that the Nigerian representatives wanted lump sum checks and
that Pfizer is concerned with potential transparency issues.
The next step is a meeting between high-level Pfizer
officials and Nigerian side at a neutral location to work out
the final details. End Summary.
2. (SBU) On April 2 Pfizer lawyers Joe Petrosinelli and Atiba
Adams and Pfizer Nigeria Country Director Enrico Liggeri met
with the Ambassador and EconDep to discuss the status of
settlement negotiations. Four lawsuits were brought against
Pfizer stemming from medical tests with the oral antibiotic
Trovan conducted on children living in Kano during a
meningitis epidemic in 1996. In Kano State Court there is
one civil suit and one criminal case and in the Federal High
Court there is one civil suit and one criminal case. Since
2006, Petrosinelli and Adams have been briefing the Mission
on the status of the cases.
Settlement Reached
------------------
3. (C) Petrosinelli reported that Pfizer had tentatively
reached "an agreement in principle" on the Kano AG's
settlement offer of $75 million. Adams explained that the
parties agreed that the $75 million would be broken down as
follows - a $10 million payment for legal fees; $30 million
to the Kano State government; and $35 million to participants
and families. Petrosinelli noted, that Pfizer has worked
closely with former Nigerian Head of State Yakubu Gowon and
that he has played a positive mediation role with Kano State
and the federal government. Petrosinelli said Gowon also
spoke with Kano State Governor Mallam Ibrahim Shekarau, who
directed the Kano AG to reduce the settlement demand from
$150 million to $75 million. Adams reported that Gowon met
with President Yar'Adua and convinced him to drop the two
federal high court cases against Pfizer. (Comment: In 1966
Gowon became the head of state following a military coup that
deposed Major General Johnson Aguiyi-Ironsi who had come to
power via an earlier military coup. He was head of state
from 1966 to 1975. He now plays an elder statesman role in
Nigerian politics. End Comment.)
More Discussions Needed
-----------------------
4. (C) According to Adams, details need to be worked out on
the mechanism for payments to the Kano State government and
participants because Pfizer is unwilling to give a lump sum
payment. Pfizer is concerned with transparency issues and is
pushing for a $35 million trust fund for the participants to
be administered by a neutral third party and the remaining
$30 million to be used for improving health care in Kano
state. Pfizer underscored that the Nigerian representatives
were pushing for lump sum checks and Pfizer will not agree to
that. Pfizer is considering rebuilding Kano's Infectious
Disease Hospital where the trial was conducted and working
with health care nongovernmental organizations. Adams
suggested that the trust fund for participants be
administered by a neutral third party because he expects
"additional" participants to come forward after they hear
about the settlement. The Ambassador suggested Pfizer work
with NGOs already working in Kano State and for Pfizer to
consider working with local NGO implementing partners that
the USG has used because of their transparency record.
ABUJA 00000671 002 OF 002
EconDep provided Pfizer a copy of the U.S.-Nigeria Framework
for Partnership document as a guide for existing projects and
partners in Kano. Petrosinelli explained that the next step
was a meeting at a neutral location between high-level Pfizer
officials and the Nigerian side to work out final details and
conclude the settlement.
Pfizer Exposes Attorney General
-------------------------------
5. (C) In follow up to the April 2 meeting, EconDep met with
Pfizer Country Manager Enrico Liggeri in Lagos on April 9.
(Note: Liggeri has years of experience in Nigeria because his
family operated a business in Lagos from the early 1960s to
the late 1980s. He spent most of his childhood in Lagos. End
Note.) Liggeri said Pfizer was not happy settling the case,
but had come to the conclusion that the $75 million figure
was reasonable because the suits had been ongoing for many
years costing Pfizer more than $15 million a year in legal
and investigative fees. According to Liggeri, Pfizer had
hired investigators to uncover corruption links to Federal
Attorney General Michael Aondoakaa to expose him and put
pressure on him to drop the federal cases. He said Pfizer's
investigators were passing this information to local media,
including the website www.saharareporters.com. A series of
damaging articles detailing Aondoakaa's "alleged" corruption
ties were published in February and March. Liggeri contended
that Pfizer had much more damaging information on Aondoakaa
and that Aondoakaa's cronies were pressuring him to drop the
suit for fear of further negative articles.
6. (C) Liggeri commented that the lawsuits were wholly
political in nature because the NGO Doctors Without Borders
administered Trovan to other children during the 1996
meningitis epidemic and the Nigerian government has taken no
action. He underscored that the suit has had a "chilling
effect" on international pharmaceutical companies because
companies are no longer willing to conduct clinical testing
in Nigeria. Liggeri opined that when another outbreak occurs
no company will come to Nigeria's aid.
7. (C) Comment: Pfizer's image in Nigeria has been damaged
due to this ongoing case. Pfizer's management considers
Nigeria a major growth market for its products and having
this case behind it will help in efforts to rebuild its image
here. Final discussions on the $30 million and $35 million
are likely to be tricky because the Nigerian side wants to
control who gets the money, not Pfizer. The U.S. Mission
will continue to advocate for transparency in settling the
case and also note to GON authorities that Pfizer must abide
by the U.S. Foreign Corrupt Practices Act and cannot simple
hand over large sums of money to state and local officials.
Petrosinelli and Adams will get back to the Mission on what
further assistance may be needed. End Comment.
8. (U) This cable was coordinated with ConGen Lagos.
SANDERS
References to this document in other cables | References in this document to other cables |
---|---|
09ABUJA1465 |
If the reference is ambiguous all possibilities are listed.
NIGERIA: YAKUBU GOWON DISCUSSES BOKO HARAM, ELECTORAL REFORM, PFIZER | |
2009 August 5, 16:18 (Wednesday) | 09ABUJA1435_a |
CONFIDENTIAL | CONFIDENTIAL |
-- Not Assigned -- | 3011 |
-- Not Assigned -- | TEXT ONLINE |
-- Not Assigned -- | TE |
-- N/A or Blank -- -- N/A or Blank -- | -- Not Assigned -- |
-- Not Assigned -- | |
Cameroon Yaoundé | Central Intelligence Agency | Defense Intelligence Agency | Department of Energy | Economic Community of West African States (ECOWAS) | Joint Analysis Center Molesworth | National Security Council | Nigeria Lagos |Secretary of State | South Africa Pretoria | United States Africa Command | United States European Command |
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d).
1. (C) Ambassador, DCM and Poloff met with former Head of
State (1966-75) Yakubu Gowon July 31 to discuss Boko Haram
violence, pharmaceutical testing and electoral reform.
Ambassador thanked General Gowon for his role in settling the
case between Pfizer pharmaceutical company and Kano State
over testing of the experimental drug Trovan during a 1996
meningitis outbreak. (Note: A U.S. $75 million settlement
was announced the day before. End note.) Gowon expressed
satisfaction with the outcome and commented that "There is
always an element of risk which has to be accepted" in the
testing of new drugs.
2. (C) Gowon lamented the recent violence in the north
provoked by Boko Haram as "a disturbing repeat of the 1980
Maitatsine uprising." (Note: In December 1980, a disaffected,
anti-establishment group led by radical Muslim preacher
Mohammed Marwa Maitatsine provoked religious riots and
clashes with police and military that resulted in over 1000
deaths. End note.) "It's a pity, particularly so soon after
Jos," Gowon continued, referring to December 2008 riots in
Plateau state. Gowon, who was unaware of the summary
execution of Boko Haram leader Mohammed Yusuf by police the
night before, expressed an understanding of police anger when
informed of the killing. The Ambassador pointed out that
extrajudicial killings do not conform to the President's
stated respect for the rule of law, and Gowon agreed.
3. (C) On electoral reform, Gowon noted his participation in
an election monitoring team in Ghana and expressed his belief
that things will change in Nigeria, given that "everyone
condemns the status quo except INEC," (the Independent
National Electoral Commission.) Ambassador asked if he had
been at the Council of State meeting at which the Uwais
report of the Electoral Reform Commission (ERC) was
considered, and where he stood on the matter. Gowon
responded affirmatively, opining that "INEC should be
independent, not appointed or controlled by the government."
He endorsed multiday elections, and felt the GON should not
send "instructions or advice" on the disqualification of
candidates, as it has done in the past. Nevertheless, he
recognized that constitutional considerations complicated
reform.
4. (C) Ambassador expressed appreciation for General Gowon's
constructive comments regarding the President's visit to
Ghana, namely that Nigerians should not be jealous of the
visit, but use it as motivation to transform the country into
a first choice destination for future Presidential visits.
Ambassador said she had recounted his comments in an
interview, stressing that the focus should be on the message,
not the venue.
SANDERS
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